Apesar da sentença o réu pode responder ao processo em liberdade, podendo recorrer da decisão fora da prisão

 

Após uma longa espera por justiça, Geovani dos Santos Machado, o motorista alcoolizado que tirou a vida de um casal, e deixou uma criança órfão na cidade Indaial foi condenado a oito anos de prisão pela morte das vítimas. O caso aconteceu no ano de 2016 na BR470, enquanto a família seguia no sentido de Blumenau à Indaial, quando O motorista alcoolizado avançou com o veículo pela lateral esquerda de um canteiro, invadiu a contramão, batendo violentamente no veículo em que estavam as vítimas. A criança, filho do caso só sobreviveu devido ao uso da cadeirinha de segurança.

 

Na decisão da justiça o réu foi responsabilizado por dois homicídios simples e uma tentativa de homicídio com dolo eventual, já que assumiu o risco de causar a morte ao dirigir sob efeito de álcool. A defesa do motorista alegou que o crime foi culposo, ou seja, sem intenção de matar.

 

O julgamento durou 10 horas e, após os depoimentos da acusação e defesa, o júri concluiu que o réu estava embriagado e dirigia em alta velocidade quando invadiu a pista contrária e colidiu de frente com o veículo das vítimas.

 

O Ministério Público de Santa Catarina afirmou que a conduta do motorista foi irresponsável e perigosa, enquanto a defesa ainda tentou minimizar a gravidade do acontecido.

Apesar da gravidade dos fatos, Geovani dos Santos Machado deixou o Fórum de Indaial aparentemente livre, já que segundo informações a pena que o réu deve cumprir é inferior a 15 anos, e o mesmo ainda pode responder ao processo em liberdade, podendo recorrer da decisão fora da prisão.

 

Ainda durante o processo, familiares das vítimas, Everton Kreutzfeld e Adriana Jucélia Cattoni, acompanharam a decisão no tribunal.

A mãe de Adriana, Marlisa Cattoni, se emocionou ao relembrar a perda: "Era uma jovem cheia de sonhos e planos. Eles estavam indo distribuir convites para a festa de 2 anos do meu neto. Duas vidas foram interrompidas", afirmou.

 

As irmãs de Everton também lamentaram a falta de presença do pai delas no julgamento, já que ele faleceu há dois anos, antes de poder ver o responsável pela tragédia sendo julgado. "Hoje o pai e o nosso irmão estão juntos, no céu", disse Camila Kretzfeld, emocionada.

 

O acidente, que marcou tragicamente a vida da família, ainda deixa feridas abertas para os que perderam seus entes queridos naquela trágica noite de 2016.

 

Central de Jornalismo da Nova Fm 103.9

Imagem: Redes Socias / Reprodução